quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Mais cogumelos estranhoss! E um bem famoso...


 Os cogumelos são os corpos de frutificação de certos fungos, sendo que alguns deles podem ser comestíveis e utilizados nos restaurantes de alta gastronomia, enquanto outros são extremamente tóxicos. Muitos desses cogumelos têm uma aparência um tanto bizarra e se destacam por essa característica, que os torna únicos e incrivelmente fascinantes. Confira abaixo.

1 – Cogumelo cérebro

Gyromitra esculenta é caracterizada pelo seu corpo marrom-avermelhado que lembra o cérebro humano. Ele é encontrado na Europa e na América do Norte, podendo alcançar 10 centímetros de altura e 15 de largura. Esse fungo é venenoso e pode ser fatal se consumido cru. No entanto, na Escandinávia, ele é um conhecido petisco, pois, quando cozido corretamente pode ser ingerido sem dano à saúde e tem um bom sabor.

2 – Cogumelo Dente Barbudo

Conhecido como o cogumelo “dente barbudo” ou “juba de leão”, oerinaceus Hericium é um fungo comestível e medicinal. Esta espécie é normalmente encontrada brotando em árvores recém-cortadas na América do Norte, Ásia e Europa.
Entre os benefícios estudados que esse cogumelo traz à saúde, estão a proteção do sistema nervoso e aumento da função imunológica. As vantagens de seu consumo são tantas, que é possível encontrar em alguns países o seu extrato em comprimidos.

3 – Amanita muscaria (o cogumelo do Mario Bros.)

Esse cogumelo bonitinho, vermelhinho e com pintas esbranquiçadas é um velho conhecido de muitas crianças e adultos. Geralmente é o mais utilizado como modelo principal para os cogumelos de desenhos animados, ilustrações de livros e jogos (como o do Mario).
Porém, o Amanita muscaria não é nada inofensivo, e sim tóxico, possuindo propriedades psicoativas e alucinógenas nos seres humanos. Apesar disso, o relato de mortes pelo seu uso é raro.

4 – Morchella

Apesar de sua aparência esquisita, o Morchella esculenta é um dos cogumelos mais desejados do mundo para gastronomia, principalmente a francesa, e não devem ser comidos crus. Ele é caracterizado pela parte superior do corpo frutífero em forma de colmeia com poços profundos e coloração castanha.
Os chefs e gourmands têm dificuldade de encontrar esses saborosos cogumelos comercialmente, o que contribui para seu preço ser extremamente alto em muitas partes do mundo. Em termos de valor culinário, os cogumelos do tipo Morchella esculenta só perdem para as trufas (tipo de fungo da família Tuberaceae).

5 – Cogumelo “sangrento”

Enquanto esse cogumelo parece “sangrar” em alguns pontos da sua estrutura, conferindo um visual meio assustador, por outro lado ele também pode ser enxergado como algo mais agradável, como uma bola de sorvete com gotas de calda de morango por cima. Qual você escolheria?
O fato é que o Hydnellum pecki não é comestível, sendo encontrado em várias partes do mundo. Ele é conhecido como “cogumelo sangrento”, pois expele uma seiva brilhante com pigmento avermelhado que contém propriedades anticoagulantes.

6 – Lactarius indigo

O cogumelo Lactarius indigo recebe esse nome porque expele um líquido leitoso azul quando cortado com uma faca. Este cogumelo bizarro cresce na América do Norte e Central, sendo geralmente caracterizado pela sua coloração azul-prateada. Apesar de esta espécie ser comestível, ela não é muito utilizada, pois apresenta textura muito granulosa e sabor amargo.

7 – Cogumelo Coprino Barbudo

Conhecida também como “juba desgrenhada”, o cogumelo Coprinus comatus (ou Coprino Barbudo) é comestível e até bastante comum. Diferente da maioria das outras espécies de cogumelos, este esquisitão se dissolve dentro de poucas horas de armazenamento. Por isso, este cogumelo deve ser consumido logo após a colheita.

Cogumelos Exóticos

 Além das aparências estranhas e peculiares, esses fungos também guardam outras características muito interessantes que podem deixá-los até bonitos. Confira abaixo:

1 – Cogumelo “bola inflável” (Calvatia Gigantea)




Existem algumas variedades de cogumelos “bola inflável”, que pertencem à divisão Basidiomycota e cada um deles têm as suas próprias características únicas.
Mas o que todos eles têm em comum é que eles não crescem uma tampa aberta abas de esporos, mas os esporos são cultivados internamente e o cogumelo desenvolve uma abertura ou se abre para liberá-los.
Além de sua aparência geral, eles são chamados assim por causa das nuvens de esporos que soltam quando eles se abrem ou são atingidos com um impacto de gotas de chuva caindo. No caso do Calvatia gigantea, ele é facilmente reconhecido pelo seu tamanho e forma, sendo que alguns exemplares têm aproximadamente o tamanho de uma bola de futebol.

2 – Gaiola-das-bruxas (Clathrus ruber)

Este cogumelo é conhecido como clatro-vermelho, gaiola-de-bruxa ou lanterna-das-bruxas. O Clathrus ruber  alimenta-se da decomposição de matéria orgânica de plantas lenhosas e geralmente é encontrada em montes restos de material na floresta, sobre o solo do jardim, lugares com gramíneas ou lascas de madeira.
Se você o achou até bonito a ponto de pensar em colocá-lo em uma receita de risoto, é melhor desistir da ideia, pois esse cogumelo tem um odor bastante ruim.

3 – Ametista Enganador (Laccaria amethystina)

Laccaria amethystina, conhecido como Ametista Enganador, é um pequeno cogumelo comestível de tom roxo, que cresce nas florestas de coníferas e caducifólias da América do Norte, Central e América do Sul, Europa e Ásia.
Devido a sua coloração cor de ametista diminuir com a idade e com o desgaste do tempo, torna-se difícil de identificá-lo, daí o nome de "Enganador".  Embora seja considerado comestível, talvez não seja uma boa ideia, pois alguns poluentes do solo podem se acumular no fungo.

4 – Cogumelo véu-de-noiva (Phallus indusiatus)

Além de estranho, esse cogumelo é muito gracioso, pois lembra o véu de uma noiva. Na verdade, o que confere essa característica a esse fungo é uma aba cônica em forma de sino em uma haste de onde sai uma delicada “saia” rendada, que quase chega até o chão.
Descrita pela primeira vez cientificamente em 1798 pelo botânico francês Étienne Pierre Ventenat, a espécie pode ser encontrada em jardins e bosques no sul da Ásia, África, Américas e Austrália, sendo comestível e muito utilizada na cozinha chinesa.

5 – Mycena chlorophos

Estes cogumelos com tons de neon que brilham no escuro são exemplares do Mycena chlorophos e surgem durante a estação chuvosa nas florestas brasileiras e japonesas, além da Polinésia, Java, Sri Lanka e Austrália, espalhando-se no solo com esporos brilhantes.
As bases de troncos de árvores, galhos e folhas caídas e solo úmido fornecem criadouros perfeitos para esses cogumelos. O brilho desses fungos fluorescentes é devido a bioluminescência, uma das reações mais incríveis que acontecem naturalmente em muitas plantas e animais.

6 – Céu-azul (Entoloma hochstetteri)

Entoloma hochstetteri é uma espécie de cogumelo encontrada na Nova Zelândia e Índia. O pequeno fungo tem uma bela cor azul em toda a sua superfície, que é causada por três tipos de pigmentos azuleno.(Será que o Ventania- cantor - tem uma plantação desses Cogumelos de Zebul?)
Esse cogumelo não é comestível, mas a informação se ele é ou não venenoso é ainda desconhecida. Sua beleza foi tão reconhecida na Nova Zelândia, que esta espécie fez parte das ilustrações de uma série de selos emitidos no país em 2002, além de aparecer na parte de trás de uma cédula de 50 dólares neozelandeses em 1990.

7 – Cauda de peru (Trametes versicolor)

Este cogumelo comum é encontrado em todo o mundo e as suas formas de diversas abas e coloração lembram a cauda de um peru selvagem. As cores podem variar dependendo da localização e da idade do fungo, cariando entre tons de ferrugem, marrom, cinza e preto.
O “cauda de peru” é considerado um cogumelo medicinal, tanto que a sua utilização para o combate ao câncer está sendo debatida na comunidade médica.

8 – Charuto do Diabo (Chorioactis geaster)

Este é um cogumelo muito raro e encontrado somente em alguns locais do Texas e no Japão. No Texas, o corpo de frutificação cresce nas raízes mortas de cedro, enquanto no Japão cresce em carvalhos mortos.
Os cientistas não sabem por que o fungo misteriosamente só vive no Texas e Japão, locais de aproximadamente a mesma latitude, mas separados por 11,000 km. O biólogo Fred Jay Seaver comentou: "este é apenas mais um exemplo da distribuição anormal e imprevisível de muitas espécies de fungos”.